SiEM – UFSC
  • Internet em guerra: países trocam acusações em debate sobre o futuro do ciberespaço

    Publicado em 15/05/2025 às 5:52 PM

     

    O que começou como uma tentativa de estabelecer regras para tornar o ciberespaço mais seguro transformou-se em um campo de batalha diplomático. Países do mundo inteiro reuniram-se para debater segurança digital, regulação da internet e combate à desinformação, mas o que se viu foram acusações, provocações e alianças inesperadas.

    A tentativa de criar regras internacionais para o uso da internet tornou-se foco de ataques diplomáticos, alianças inesperadas e trocas de argumentos entre potências.

    Os Estados Unidos, defensores de um ciberespaço “livre e seguro”, foram alvo de diversas críticas. Haiti e Singapura questionaram o discurso americano, chamando-o de contraditório e acusando o país de promover censura disfarçada. A Rússia rebateu, afirmando que os EUA usam a liberdade como desculpa para manter o controle global e que “caluniam para depois se fazerem de vítimas”.

    O Brasil, por sua vez, fez um alerta sério, relembrando o apagão digital que atingiu 15 países europeus em abril de 2025 e levantando suspeitas de ataque cibernético. O país defendeu investimentos em educação digital, cooperação internacional e medidas urgentes para garantir a segurança online. “Não é apenas uma questão técnica, é estratégica”, enfatizou.

    A Alemanha reforçou a necessidade de conscientização sobre o que é consumido na internet, citando os erros cometidos durante a pandemia de COVID-19. As Filipinas fizeram um apelo contundente contra as big techs, alertando que “as crianças estão sendo alvos” e que as empresas precisam seguir padrões éticos. O México acusou a França de hipocrisia por “exportar liberdade e reprimir direitos”. A Noruega trouxe uma proposta específica: os aplicativos devem comprovar a idade real de menores para evitar a burla das regras de segurança.

    Os blocos começaram a se formar. De um lado, países como EUA, Japão e Brasil defendem liberdade com regras claras, mas sem censura; do outro, Rússia, China, Vietnã e Cuba defendem uma regulação rígida e controle estatal para garantir justiça digital. No meio, Suíça, Alemanha e Uruguai tentam mediar o conflito propondo a criação de uma carta internacional equilibrada.

    Enquanto isso, países emergentes como Uganda, Bangladesh e Azerbaijão reivindicam mais voz e buscam quebrar os monopólios digitais que sufocam economias menores.

    O clima esquentou ainda mais quando a Irlanda acusou a Alemanha de promover acordos sem permitir o debate. A Coreia do Sul sugeriu uma aliança com Chile, Uruguai e Alemanha contra o monopólio digital. Já a Austrália fez um alerta: “O próximo ataque não será apenas virtual, pode custar vidas.”

    O que ficou claro é que todos concordam em um ponto: o ciberespaço precisa de regras. No entanto, ninguém quer abrir mão do próprio poder para que isso aconteça. Por enquanto, a internet continua sendo um território disputado, onde todos querem exercer controle.

     


  • Debate acalorado marca reunião global sobre segurança cibernética e liberdade de expressão – SIEM 2025

    Publicado em 15/05/2025 às 4:03 PM

    Em mais uma sessão marcada por fortes posicionamentos e trocas diplomáticas intensas, a comunidade internacional voltou a se reunir para discutir segurança cibernética e liberdade de expressão; temas centrais no cenário político atual.

    Polônia assumiu papel de liderança ao propor uma aliança com Alemanha e demais países interessados no combate a ameaças cibernéticas. A iniciativa recebeu o apoio imediato de Gana e Suécia, sinalizando a formação de um bloco voltado à ação conjunta no ambiente digital.

    Em contrapartida, os Estados Unidos adotaram um tom mais crítico, acusando a Alemanha de envolvimento em crimes virtuais. Washington também reafirmou seu apoio a Israel e defendeu a união entre as nações como forma de preservar a estabilidade global.

    A fala mais controversa veio da Federação Russa, que criticou duramente o que chamou de “pseudoliberalismo estadunidense”. Em sua declaração, Moscou afirmou que os Estados Unidos se escondem por trás de discursos liberais enquanto praticam políticas hegemônicas e de vigilância, inclusive contra seus próprios aliados. A Rússia defendeu sua postura como protetora dos valores nacionais, contrastando-a com o que considera incoerência ocidental.

    A resposta veio com firmeza do Haiti. O país, em tom respeitoso porém direto, rejeitou a visão russa, afirmando que a repressão não pode ser confundida com proteção. “Quando um governo decide o que é verdade e o que é mentira, a liberdade de expressão se torna refém do poder”, declarou o representante haitiano. Para o Haiti, o caminho da informação livre e do debate público é essencial para a integridade das democracias.

    O debate segue aberto, refletindo um mundo em que os desafios digitais ultrapassam fronteiras e onde a busca por equilíbrio entre segurança e liberdade continua sendo uma das questões mais urgentes do nosso tempo.

     


  • Liga Árabe

    Publicado em 15/05/2025 às 3:44 PM

    Liga Árabe entra em impasse sobre a guerra na Síria e o destino dos refugiados.

    Trocas de acusações, silêncio diplomático e tensão nas fronteiras marcam os debates sobre intervenções militares e direitos humanos no Oriente Médio.

    A sessão da Liga Árabe no SIEM 2025 foi palco de fortes declarações, constrangimentos diplomáticos e profundas divergências sobre a condução da guerra na Síria e a crise migratória na região. A Arábia Saudita abriu sua participação reafirmando que a presença de forças armadas nas fronteiras sírias é prejudicial, posicionando-se contra intervenções militares diretas. A fala, no entanto, foi desafiada por Omã, que convocou o país ao púlpito para defender sua posição. A delegação saudita aceitou o chamado, mas demonstrou insegurança ao responder, causando uma obstrução da reunião e quase recebendo uma sanção da mesa organizadora.

    A República Árabe da Síria respondeu duramente à oposição à intervenção armada, apontando a contradição de países que se colocam contra as forças militares, mas que também não se mostram dispostos a acolher os refugiados gerados pelo próprio conflito. O argumento foi reforçado posteriormente, quando a delegação síria defendeu o uso das forças armadas como resposta à construção de muros e à rejeição de imigrantes por países vizinhos.

    A Turquia foi um dos focos de crítica, após revelar a instalação de um muro elétrico em sua fronteira e a criação de campos de detenção para quem tentar atravessá-la — ações que provocaram reação direta de outras nações presentes. O Iraque acusou o Líbano de hipocrisia, por clamar por solidariedade internacional enquanto, segundo eles, negligencia os próprios refugiados. “Não se pode pedir solenidade quando falta humanidade”, declarou a delegação iraquiana. O Líbano optou por não responder.

    Apesar do silêncio inicial, o Líbano voltou a se posicionar mais tarde, destacando sua recente redemocratização e afirmando que poderá investir em intervenções armadas se considerar necessário. Em meio às tensões, o Reino do Bahrein adotou um tom moderado, chamando atenção para a desumanização da violência no conflito.

    Enquanto isso, o Egito demonstrou apoio aos refugiados sírios, e o Iêmen fez um apelo pela criação de um acordo que garanta a manutenção dos direitos humanos no cenário da guerra. A Turquia, por sua vez, justificou suas medidas de fronteira alegando a necessidade de contenção da violência curda, prometendo manter as políticas atuais.

    Com embates intensos e pouca sinalização de consenso, a sessão da Liga Árabe revela o desafio da diplomacia em meio à dor da guerra e às fronteiras da solidariedade.


  • Alemanha lidera nova aliança global em defesa do meio ambiente e da tecnologia

    Publicado em 15/05/2025 às 3:15 PM

    por Isadora, Maria Eduarda e Natália – Enviada especial ao SIEM UFSC 2025

    Florianópolis (SC), 15 de maio de 2025 – Em uma virada estratégica que movimentou os corredores do SIEM UFSC, a delegação da Alemanha anunciou nesta quinta-feira a criação de uma nova aliança internacional voltada à cooperação ambiental e tecnológica. O bloco, que já reúne 17 países signatários, surge como uma das principais forças diplomáticas da simulação, redefinindo os eixos de influência dentro do comitê.

    A iniciativa ganhou corpo após o Canadá anunciar apoio financeiro integral à proposta alemã, demonstrando o comprometimento com soluções conjuntas para os desafios climáticos e o desenvolvimento tecnológico sustentável. “Não se trata apenas de proteger o meio ambiente — é sobre preparar as nações para o futuro”, declarou a delegação alemã em coletiva de imprensa simulada.

    Enquanto o novo grupo avança, a ausência dos Estados Unidos e da China foi imediatamente notada. A decisão norte-americana, em especial, repercutiu negativamente. Integrantes da imprensa simulada e até membros da própria delegação questionaram a opção por manter-se fora da aliança, levantando suspeitas de isolamento diplomático. Já a Geórgia, apesar de não ter assinado oficialmente, indicou estar aberta a futuras negociações.

    A aliança, informalmente apelidada de “Coalizão Verde-Tec”, pretende apresentar ainda nesta semana um plano multilateral de investimentos em pesquisa climática, inovação energética e desenvolvimento de inteligência artificial sustentável.

    Fontes próximas à delegação alemã afirmam que há conversas em andamento com pelo menos cinco outros países, o que pode ampliar ainda mais o peso político da coalizão. Enquanto isso, diplomatas de outras nações observam com atenção os desdobramentos — e já articulam estratégias para não ficarem à margem das decisões que devem marcar o rumo do comitê.


  • União Europeia

    Publicado em 15/05/2025 às 2:10 PM

    Acolhimento dos Refugiados: Até Que Ponto o Preconceito Ultrapassa a Seletividade?

    Florianópolis, 15 de maio de 2025 – A conferência da União Europeia (UE), realizada durante a Simulação Internacional de Estudos Multidisciplinares (SIEM) da UFSC, reuniu diversas delegações do mesmo bloco econômico, que levantaram, porém, diferentes pontos de vista no debate sobre o acolhimento de refugiados. Essa conferência criou palco para discussões sobre os fluxos migratórios de refugiados nos países do Mediterrâneo e seus direitos humanos e civis.
    De um lado, a delegação da Albânia julgava-se superior, por atuar como passagem migratória e reconhecer a humanidade e as necessidades desses povos refugiados. Enquanto isso, em união e concordância com a Espanha, condenavam a Polônia pela seletividade na recepção dos refugiados. As nações compartilharam opiniões críticas à visão generalizada polonesa.

    Por outro lado, a delegação da Polônia defendeu sua abordagem seletiva, argumentando que a escolha de refugiados é necessária para preservar a integridade cultural e social do país. Segundo a delegação da Polônia, a preferência por refugiados cristãos seria justificada por uma suposta compatibilidade cultural, enquanto aqueles não selecionados poderiam, em suas palavras, “corromper os valores nacionais”.
    Essa delegação usou como um exemplo a crise ocorrida em 2015, na França. Alegando que o acolhimento dos refugiados sem seletividade resultou em uma “sociedade desestabilizada”.

    A postura da Polônia gerou reações acaloradas na conferência, com delegações como a da Espanha acusando ambos os países de violarem princípios fundamentais de direitos humanos. O debate expôs divisões profundas dentro da UE, evidenciando a tensão entre políticas migratórias restritivas e a obrigação de proteger refugiados


  • Conferência das Partes

    Publicado em 15/05/2025 às 1:56 PM

    THE BALD EAGLE

    Por Ana Vitória Serafim da Rosa, correspondente do The Bald Eagle no SIEM 2025
    França e EUA anunciam parceria contra a fome, mas Rússia contesta intenções.
    Durante a Conferência das Partes (COP), França e Estados Unidos anunciaram uma aliança inédita para combater a fome global, reconhecendo erros do passado e propondo uma nova postura diante da crise alimentar. A iniciativa foi apresentada como um esforço conjunto para reparar danos históricos e promover segurança alimentar em regiões afetadas por conflitos e desigualdades.
    Na sequência, os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso com a erradicação da fome, destacando ações conjuntas com França e Japão em países como Haiti, Marrocos e nações árabes. O plano prevê apoio técnico, financeiro e logístico para reforçar a segurança alimentar nessas regiões.
    A resposta da Rússia, porém, veio em tom duro. A delegação russa acusou os Estados Unidos de terem sido “os únicos verdadeiramente beneficiados pelas guerras”, levantando dúvidas sobre a sinceridade das ações propostas. Para Moscou, a suposta postura humanitária dos países ocidentais esconde interesses geopolíticos e econômicos mais profundos.
    O episódio escancarou as divergências entre as grandes potências e evidenciou que, mesmo sob discursos de cooperação, o palco internacional continua marcado por disputas de narrativa, interesses estratégicos e memórias não resolvidas do passado

  • Debate entre Polônia e Espanha na União Europeia

    Publicado em 15/05/2025 às 1:43 PM

    Polônia e Espanha trocam acusações sobre tratamento de refugiados.

    O que deveria ser uma sessão dedicada à cooperação humanitária se transformou em um embate diplomático inflamado entre Polônia e Espanha durante o último debate da União Europeia. Em pauta, o tratamento de refugiados africanos na Europa — mas o que se viu foi uma demonstração clara da divisão política e moral dentro do bloco europeu.

    Polônia dispara: “Vocês massacram refugiados”

    A representante da Polônia abriu sua fala com uma acusação direta ao governo espanhol, afirmando que forças de segurança espanholas teriam “massacrado” refugiados que tentavam atravessar a fronteira sul, especialmente na região de Melilla. “É assim que vocês acolhem os refugiados?” questionou em tom indignado.

    Espanha reage: “Têm provas concretas para isso?”

    A resposta da Espanha veio imediatamente. A delegada rebateu as acusações exigindo evidências: “Tragam provas concretas”. A delegação espanhola classificou a fala polonesa como irresponsável.

    Polônia insiste: “Se estão armados, vão matar? Essa é a solução?”

    A tensão aumentou quando a Polônia voltou à carga, questionando a postura de policiamento na fronteira. A representante mencionou ainda que há provas documentadas em sites de organizações independentes de direitos humanos.

    Espanha se defende: “Recebemos com qualidade, sem xenofobia”

    Em tom firme, a Espanha afirmou que seu sistema de acolhimento é um dos mais estruturados da Europa: “Temos falhas, como qualquer país, mas nossos centros oferecem dignidade, alimentação, assistência médica. E, sobretudo, não há xenofobia. Não repulsamos refugiados por sua origem.”

    Polônia responde: “Não precisamos massacrar ninguém”

    A Polônia não recuou: “se a Espanha esta sobrecarregada a Espanha vai matar? Essa é a solução?”

    Espanha acusa: “Estão dizendo que refugiados africanos são um problema?”

    Num dos momentos mais tensos do debate, a delegada da Espanha acusou a Polônia de querer pintar os refugiados africanos como uma ameaça. A referência foi ao incidente de 2022, na fronteira com Belarus.

    Polônia minimiza: “Foi apenas um conflito”

    Encurralada, a Polônia respondeu que o episódio citado “não foi um massacre, mas um conflito pontual” e que está sendo investigado. A fala, porém, não convenceu parte do plenário.


  • União Europeia – Refugiados na UE e seus direitos civis

    Publicado em 15/05/2025 às 12:06 PM

    Nesse primeiro momento da reunião da União Europeia de tema “Refugiados na União Europeia e seus direitos civis” as nações que mais se destacaram ao longo do debate foram a Albânia, Polônia, Itália, Espanha e República Tchéquia entretanto no início do debate estavam ausentes as delegações da Áustria e França que compareceram posteriormente.

    Em primeiro momento um delegado de cada país teve um minuto e meio para apresentar as propostas de seu respectivo país e depois que todos falaram foi o momento do Debate Formal, momento que todas os países tinham o direito de acrescentar ou reformar seu discurso feito no momento anterior.
    Durante o Debate Formal as delegações da Itália, Polônia, e Tchéquia tiveram um conflito com a delegação da Espanha discordando sobre como resolver o tópico principal, com a Espanha alegando que estava sobrecarregada com a quantidade de imigrantes direcionados ao seu país e ponderam como uma das principais propostas ser necessário a reformulação do Regulamento de Dublin, a sugestão da Albânia sobre a sobrecarga foi que os países da U.E. deviam se organizar para formar rotas de realocação dos imigrantes em todos os países ao qual a Itália se posicionou a favor.
    A principal proposta da República Tchéquia foi que para resolver o problema da enorme taxa de imigração era preciso resolver a origem, dando “educação, treinamento militar e investindo nos países do Oriente”, como falaram em entrevista para o jornal, cuja proposta não foi aceita pela Espanha alegando que não iria apoiar uma interferência militar e não tinham verba nem interesse para isso
    Ao final do Debate Formal a República Tchéquia propôs um Debate Informal que foi aceito após uma votação entre os delegados. Nesse momento os delegados tiveram dez minutos livres para conversar entre si deixando claro suas ideias e para formar alianças com outros países, além de darem entrevistas para a Mídia Internacional.
    Conseguimos entrevistar alguns delegados da República Tchéquia, República Helênica(conhecida de maneira geral como Grécia). As delegações ao serem perguntadas sobre a contestação protagonizada pela Espanha, Polônia e Itália e a delegação da República Tchéquia disse que “Achamos a Espanha com uma postura irônica já que ela tem uma certa aliança com q Itália”, e afirmaram que queriam conversar com a Itália, Áustria, Dinamarca e com a V4.
    A República Helênica que foi citada diversas vezes durante o debate ao ser perguntada sobre deu um breve depoimento sobre sua visão do assunto; “Não vamos nos posicionar porque queremos reestruturar o sistema atual e não queremos mudar o foco, mas achamos que a Polônia tem um interesse monetário e não é esse o nosso foco nesse debate”.
    Após o Debate Informal continuou-se o Debate Formal na qual se seguiram suas declarações dessa vez de forma mais pacifica em principal as delegações da Espanha e da Polônia, que ao longo da manhã debateram fortemente sobre suas ideias contrárias e direcionando ataques moderados um ao outro.
    Imediatamente depois ocorreu um debate informal de dois minutos e a seguir foram lidas as minutas que a Espanha e Itália enviaram, em conjunto com as outras delegações presentes se dividindo em dois lados, e no fim da reunião foi feita uma votação em qual minuta seria aceita na qual a Espanha e Irlanda votaram contra a minuta da Itália e a Albânia se absteve, e o restante dos países votou a favor e no fim foi decidida a da Itália, que falava que precisava de uma distribuição igualitária dos imigrantes entre os países.

  • Assembleia Geral – Regulação do Ciberespaço

    Publicado em 15/05/2025 às 12:03 PM

    Afinal, como deve funcionar a regulação do ciberespaço?

    Hoje, 15 de maio de 2025, no auditório e nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), inicia-se a Simulação de Organizações Internacionais para o
    Ensino Médio (SIEM), onde diversas delegações debaterão questões humanitárias e políticas.
    No auditório da Universidade, debateu-se o seguinte tema: Regulação do Ciberespaço: Um Imperativo Civilizatório.
    A primeira sessão resumiu-se à leitura dos Documentos de Posição Oficial (DPO), no auditório da Assembleia Geral, que se mostraram esclarecedoras sobre as posições de diversos países, como a China, que se posicionou de maneira rigorosa, e os Estados Unidos da América, que demonstraram uma postura democrática, usando a Meta (empresa de Mark Zuckerberg) como exemplo.
    Os demais países impuseram-se de modo neutro, com um objetivo em comum: transformar o ambiente digital em um local democrático e seguro para todos.
    Após a leitura dos DPOs, o debate começou, juntamente com as alianças. A China e a Rússia aliaram-se e autodenominaram-se exemplo na regulamentação do ciberespaço. As mesmas delegações disponibilizaram-se a ajudar os demais países que buscam auxílio de países mais desenvolvidos.

  • COP 30

    Publicado em 15/05/2025 às 11:36 AM

    A COP 30, que neste ano tem como eixo principal o combate à fome, se transformou em um verdadeiro campo diplomático de acusações cruzadas. Representantes de diversos países elevaram o tom durante a sessão, evidenciando divergências profundas sobre responsabilidade histórica, econômica e ambiental na crise alimentar global.

    O Chile iniciou os ataques ao questionar o uso irresponsável do dólar por parte dos Estados Unidos, acusação reforçada pela França, que classificou os norte-americanos como uma “nação irresponsável” diante da insegurança alimentar. A França, por sua vez, passou a ser alvo direto do Chile, que criticou sua postura “sustentável seletiva” e relembrou o passado colonial francês, acusando o país de ignorar os próprios erros.

    O Brasil defendeu a criação de uma moeda mundial e destacou sua relevância no mercado de alimentos, posicionando-se como um agente chave na solução da fome. Já a Rússia voltou seu discurso contra o desperdício de alimentos na França e destacou que a fome é, acima de tudo, um problema político. Em resposta, a França rebateu mencionando o alto nível de desperdício russo e questionou a legitimidade de críticas vindas de um país “com o mesmo presidente há anos”.

    A Alemanha tentou mediar os ânimos, convocando os países à união e criticando as taxações estadunidenses que, segundo o país, dificultam a distribuição de alimentos. Cuba também se posicionou com firmeza, denunciando os impactos ambientais causados pelos Estados Unidos, como a contaminação do solo, liberação de gases tóxicos e o incentivo a práticas agrícolas desumanas em nome do lucro.

    Enquanto isso, o Reino Unido tentou acalmar os ânimos, reforçando que acusações políticas não resolvem o problema. A China celebrou avanços internos na segurança alimentar e o Japão trouxe propostas focadas em produção local e tecnologias sustentáveis aplicadas em escolas e comunidades.

    Na tentativa de trazer soluções, a França propôs uma aliança com a Alemanha baseada em distribuição de recursos e sustentabilidade. Os Estados Unidos, em defesa, alegaram que suas taxações não impactam diretamente a fome, ressaltando as doações significativas já feitas em alimentos e recursos financeiros. No entanto, foram novamente alvos da Alemanha, que classificou as propostas estadunidenses como “tardias e ridículas”.

    O debate permanece acalorado, com o Chile reafirmando que as taxações dos Estados Unidos seguem sendo abusivas. Em meio a confrontos e propostas, a urgência do tema exige que os representantes encontrem um terreno comum — antes que a fome continue sendo um campo de batalha político, e não humanitário.

    Por Catarina Coelho Nunes

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