Debate entre Polônia e Espanha na União Europeia

15/05/2025 13:43

Polônia e Espanha trocam acusações sobre tratamento de refugiados.

O que deveria ser uma sessão dedicada à cooperação humanitária se transformou em um embate diplomático inflamado entre Polônia e Espanha durante o último debate da União Europeia. Em pauta, o tratamento de refugiados africanos na Europa — mas o que se viu foi uma demonstração clara da divisão política e moral dentro do bloco europeu.

Polônia dispara: “Vocês massacram refugiados”

A representante da Polônia abriu sua fala com uma acusação direta ao governo espanhol, afirmando que forças de segurança espanholas teriam “massacrado” refugiados que tentavam atravessar a fronteira sul, especialmente na região de Melilla. “É assim que vocês acolhem os refugiados?” questionou em tom indignado.

Espanha reage: “Têm provas concretas para isso?”

A resposta da Espanha veio imediatamente. A delegada rebateu as acusações exigindo evidências: “Tragam provas concretas”. A delegação espanhola classificou a fala polonesa como irresponsável.

Polônia insiste: “Se estão armados, vão matar? Essa é a solução?”

A tensão aumentou quando a Polônia voltou à carga, questionando a postura de policiamento na fronteira. A representante mencionou ainda que há provas documentadas em sites de organizações independentes de direitos humanos.

Espanha se defende: “Recebemos com qualidade, sem xenofobia”

Em tom firme, a Espanha afirmou que seu sistema de acolhimento é um dos mais estruturados da Europa: “Temos falhas, como qualquer país, mas nossos centros oferecem dignidade, alimentação, assistência médica. E, sobretudo, não há xenofobia. Não repulsamos refugiados por sua origem.”

Polônia responde: “Não precisamos massacrar ninguém”

A Polônia não recuou: “se a Espanha esta sobrecarregada a Espanha vai matar? Essa é a solução?”

Espanha acusa: “Estão dizendo que refugiados africanos são um problema?”

Num dos momentos mais tensos do debate, a delegada da Espanha acusou a Polônia de querer pintar os refugiados africanos como uma ameaça. A referência foi ao incidente de 2022, na fronteira com Belarus.

Polônia minimiza: “Foi apenas um conflito”

Encurralada, a Polônia respondeu que o episódio citado “não foi um massacre, mas um conflito pontual” e que está sendo investigado. A fala, porém, não convenceu parte do plenário.

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