União Europeia
Acolhimento dos Refugiados: Até Que Ponto o Preconceito Ultrapassa a Seletividade?
Florianópolis, 15 de maio de 2025 – A conferência da União Europeia (UE), realizada durante a Simulação Internacional de Estudos Multidisciplinares (SIEM) da UFSC, reuniu diversas delegações do mesmo bloco econômico, que levantaram, porém, diferentes pontos de vista no debate sobre o acolhimento de refugiados. Essa conferência criou palco para discussões sobre os fluxos migratórios de refugiados nos países do Mediterrâneo e seus direitos humanos e civis.
De um lado, a delegação da Albânia julgava-se superior, por atuar como passagem migratória e reconhecer a humanidade e as necessidades desses povos refugiados. Enquanto isso, em união e concordância com a Espanha, condenavam a Polônia pela seletividade na recepção dos refugiados. As nações compartilharam opiniões críticas à visão generalizada polonesa.
Por outro lado, a delegação da Polônia defendeu sua abordagem seletiva, argumentando que a escolha de refugiados é necessária para preservar a integridade cultural e social do país. Segundo a delegação da Polônia, a preferência por refugiados cristãos seria justificada por uma suposta compatibilidade cultural, enquanto aqueles não selecionados poderiam, em suas palavras, “corromper os valores nacionais”.
Essa delegação usou como um exemplo a crise ocorrida em 2015, na França. Alegando que o acolhimento dos refugiados sem seletividade resultou em uma “sociedade desestabilizada”.
A postura da Polônia gerou reações acaloradas na conferência, com delegações como a da Espanha acusando ambos os países de violarem princípios fundamentais de direitos humanos. O debate expôs divisões profundas dentro da UE, evidenciando a tensão entre políticas migratórias restritivas e a obrigação de proteger refugiados