ASSEMBLEIA GERAL – Ciberespaço

15/05/2025 11:28

THE BALD EAGLE

Por Ana Vitória Serafim da Rosa, correspondente do The Bald Eagle no SIEM 2025

Ciberespaço vira novo campo de batalha diplomática: potências se confrontam em debate global sobre segurança digital
EUA clamam por liderança, China acusa ataques, França busca equilíbrio e Reino Unido desafia regimes autoritários em defesa da liberdade online
FLORIANÓPOLIS – O clima esquentou no primeiro bloco de discursos da Simulação de Organizações Internacionais para o Ensino Médio (SIEM 2025), realizado na Universidade Federal de Santa Catarina. Com o ciberespaço no centro da agenda diplomática, as grandes potências transformaram o debate em um campo simbólico de disputa por influência global.
Estados Unidos reafirmaram sua posição como “guardião da civilização mundial”, propondo uma ofensiva diplomática para consolidar normas internacionais de responsabilização no uso de tecnologias emergentes. “A América está pronta para liderar esse processo”, declarou a delegação com ênfase em segurança de infraestruturas críticas e cooperação com empresas privadas.
China, por outro lado, denunciou ataques cibernéticos oriundos de uma “grande potência”, insinuando rivalidade direta com os Estados Unidos. O país defendeu seu modelo de vigilância como mecanismo legítimo de defesa e controle social. “A preservação da ordem interna é prioridade”, disse a delegação, exigindo respeito à sua soberania digital.
França adotou uma postura diplomática, mas não menos firme. A delegação enfatizou a importância do direito internacional e dos direitos humanos como fundamentos para qualquer governança digital. “Não podemos sacrificar a liberdade de expressão em nome da segurança”, pontuou.
Já o Reino Unido elevou o tom ao denunciar os perigos da desinformação e dos crimes digitais que “cruzam fronteiras” e minam democracias. Relembrando o referendo do Brexit, os britânicos clamaram por regras claras e condenaram o “uso autoritário da internet para fins de censura e propaganda”.
Nova Guerra Fria Digital?
Especialistas alertam: por trás da retórica diplomática, o que está em jogo é o domínio sobre o território mais valioso do século XXI — o ciberespaço. Com Estados Unidos e Reino Unido exigindo mais transparência, e China defendendo controle estatal, o risco de uma nova Guerra Fria digital se intensifica.
A simulação mal começou, e o palco já está montado para embates que prometem agitar as próximas sessões. A pergunta que paira sobre os auditórios do SIEM 2025 é: haverá consenso entre potências tão distintas
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Assembleia Geral – Ciberespaço

15/05/2025 11:00

Islândia se mostra comprometida com os direitos humanos e preocupada com menores, a exposição de crianças aos conteúdos nocivos pode afetar a dignidade da criança. Propõe, então, dois elementos de regulação: a conscientização pública a respeito dos conteúdos online e políticas de vigilância.

Israel apresenta sua tecnologia avançada de cibersegurança, propõe uma perspectiva liberal em não atacar os usuários democraticamente e buscar missões de combate ao terrorismo e o extremismo online.

Japão relembra suas relações históricas e busca uma regulamentação pacífica e segura na internet mas que sirvam pela liberdade de expressão e a liberdade de todos, controlando as fake news e a desinformação.

A república libanesa, enfatizando seus problemas de infraestrutura e conflitos militares, apresenta sua lei de regulamentação da internet e da informação, propondo uma organização de regulamentação internacional.

Os países defendem e esclarecem suas políticas internas de regulamentação da internet, e confirmam uma harmonia mundial, além de reconhecer os problemas no mundo tecnológico e da informação.
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Assembleia Geral do SIEM

15/05/2025 10:52

The Bald Eagle

China fala em paz, mas mira potências rivais em discurso velado.

Durante o debate sobre a regulação do ciberespaço, a delegação da República Popular da China defendeu o “fortalecimento absoluto” da cibersegurança como medida essencial para a estabilidade global. Com um discurso firme, mas cuidadosamente ambíguo, apontou que “grandes potências” têm conduzido ataques recorrentes a sistemas digitais chineses — sem citar diretamente, mas deixando no ar uma insinuação clara. A delegação também clamou por uma resolução “segura e agradável para todos”, em tom conciliador, embora siga conhecida por adotar rígido controle estatal sobre sua internet doméstica.

Coreia do Norte prega soberania digital e condena influências externas.

Durante a discussão sobre a regulação do ciberespaço, a delegação da República Popular Democrática da Coreia enfatizou que o espaço digital “não deve ser violado” e repudiou o que chamou de “imperialismo digital”. Apresentando-se como defensora da soberania informacional, condenou interferências e práticas de espionagem por parte de atores estrangeiros. Embora tenha adotado um tom conciliador, o discurso levantou questionamentos, considerando o conhecido controle estatal exercido pelo país sobre o ambiente digital doméstico. A proposta norte-coreana defende autonomia total sobre o ciberespaço, com ênfase na proteção nacional e resistência a padrões internacionais impostos.

Coreia do Sul aposta na moderação e no consenso.

A delegação da República da Coreia adotou um tom mais equilibrado, reconhecendo a importância crescente da segurança cibernética, mas priorizando o diálogo. Manifestou desejo por uma resolução “que contemple as necessidades de todas as nações”, e indicou interesse em cooperar com diferentes blocos. Em contraste com as posturas mais duras de vizinhos regionais, como China e Coreia do Norte, a Coreia do Sul se posicionou como ponte de diálogo — mas ainda sem deixar claro até onde está disposta a ceder em nome desse consenso.

França reforça aposta em liberdade digital com regulação estratégica.

Durante os debates sobre a regulação do ciberespaço, a delegação da República Francesa foi clara: o ambiente digital é um domínio estratégico — e deve ser tratado como tal. Reafirmando seu compromisso com o equilíbrio entre segurança e direitos fundamentais, a França defendeu a construção de um ciberespaço “livre, acessível e seguro para todos”. A delegação ressaltou a importância de uma legislação sólida que proteja dados pessoais sem comprometer a liberdade de expressão, bandeira histórica do país.

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SiEM 2017

05/03/2017 21:39

Dando prosseguimento aos trabalhos do SiEM, a organização da sétima Simulação de Organizações Internacionais do Ensino Médio, convida alunos e professores das escolas pública e privadas de Florianópolis e região a conhecer os temas deste ano. Atendendo as demandas das escolas pública e privadas de Florianópolis, São José, Palhoça e Araranguá, em 2018, o SiEM busca trazer a simulação de quatro comitês que abordam não somente temáticas de impacto regional mas, sobretudo, mundial e que refletem diretamente em nosso cotidiano. Assim, as temáticas da nossa sétima edição refletem o nosso objetivo principal que é gerar o respeito e a tolerância através do contato com outros povos e culturas pela simulação.

A primeira reunião, a típica da Assembleia Geral das Nações Unidas trará para debate a questão da Violação dos Direitos Humanos no Iêmen. O país enfrenta sua maior crise em décadas com a derrubada do presidente al-Hadi pelo movimento xiita Houthi, que desencadeou uma contra-ofensiva militar por meio de uma coalizão internacional liderada pela Arábia Saudita. O conflito, que está longe de reestabelecer um ambiente de paz democrática, é durante influenciado pelas dinâmicas de poder regionais e globais, o que resulta em uma profunda e devastadora crise humanitária no país mais pobre do Oriente Médio.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas trará para debate o tema Grupo Estado Islâmico (ISIS) – Ocidente x Oriente ou Guerra Contra o Terror? Embora o tema já tenha sido discutido anteriormente no SiEM, o tema ganha nova roupagem, atualizando a temática para o ano de 2018, já que considera os acontecimentos derivados de ações do ISIS até a presente data. O Estado Islâmico, ou ISIS (da sigla em inglês) é um grupo islâmico radical formado após a invasão dos Estados Unidos e do Reino Unido ao Iraque em 2003. Com ações extremamente brutais, e que se utilizam de estratégias de terror, o ISIS controla territórios pelo uso da força, e causa mobilizações internacionais, haja vista seu controle de grandes regiões nos Estados do Oriente Médio.

No tradicional Conselho da União Europeia o SiEM trará o debate do BREXIT. Formado por um bloco de 28 Estados-membros, a União Europeia passa pela maior crise política desde sua criação com a saída eminente do Reino Unido do bloco. Esse movimento, iniciado em 2013 pelo então Primeiro Ministro Britânico, David Cameron, foi o primeiro grande questionamento em relação à estabilidade e cooperação consolidada durante todos esses anos na UE. Com o referendo de separação tendo sido votado pelo Reino Unido e a separação tendo sido aprovada, a presente reunião busca não somente busca discutir o futuro do país no bloco mas, sobretudo, quais serão os termos da saída. Quais as regras e quais os pontos acordados entre o Reino Unido e os Estados sobressalentes da União Europeia em aspectos políticos, econômicos e sociais.

 Pela primeira no SiEM, o Conselho do Ártico traz a temática da Disputa e Desmilitarização do Ártico. A região compreendida pelo Ártico envolveu historicamente o desafio da descoberta e da conquista permeado pelo elemento do clima extremo, o clima polar. Por se tratar de uma região predominantemente inacessível por seu estado natural, com baixa densidade populacional e geologicamente ligada a mais de um Estado nacional, a definição de soberania se torna um ponto delicado e muito volátil na região, assim, é necessário discutir as possibilidade de ocupação, militarização e exploração da região.

A edição de 2017 espera receber aproximadamente 900 estudantes de todas escolas públicas e particulares de Florianópolis e região.

As inscrições para o projeto em 2017 já estão encerradas, entretanto, no segundo semestre já iniciaremos os preparativos para o VIII SiEM, que será realizado em 2018.

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