Debate acalorado marca reunião global sobre segurança cibernética e liberdade de expressão – SIEM 2025

15/05/2025 16:03

Em mais uma sessão marcada por fortes posicionamentos e trocas diplomáticas intensas, a comunidade internacional voltou a se reunir para discutir segurança cibernética e liberdade de expressão; temas centrais no cenário político atual.

Polônia assumiu papel de liderança ao propor uma aliança com Alemanha e demais países interessados no combate a ameaças cibernéticas. A iniciativa recebeu o apoio imediato de Gana e Suécia, sinalizando a formação de um bloco voltado à ação conjunta no ambiente digital.

Em contrapartida, os Estados Unidos adotaram um tom mais crítico, acusando a Alemanha de envolvimento em crimes virtuais. Washington também reafirmou seu apoio a Israel e defendeu a união entre as nações como forma de preservar a estabilidade global.

A fala mais controversa veio da Federação Russa, que criticou duramente o que chamou de “pseudoliberalismo estadunidense”. Em sua declaração, Moscou afirmou que os Estados Unidos se escondem por trás de discursos liberais enquanto praticam políticas hegemônicas e de vigilância, inclusive contra seus próprios aliados. A Rússia defendeu sua postura como protetora dos valores nacionais, contrastando-a com o que considera incoerência ocidental.

A resposta veio com firmeza do Haiti. O país, em tom respeitoso porém direto, rejeitou a visão russa, afirmando que a repressão não pode ser confundida com proteção. “Quando um governo decide o que é verdade e o que é mentira, a liberdade de expressão se torna refém do poder”, declarou o representante haitiano. Para o Haiti, o caminho da informação livre e do debate público é essencial para a integridade das democracias.

O debate segue aberto, refletindo um mundo em que os desafios digitais ultrapassam fronteiras e onde a busca por equilíbrio entre segurança e liberdade continua sendo uma das questões mais urgentes do nosso tempo.

 

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Liga Árabe

15/05/2025 15:44

Liga Árabe entra em impasse sobre a guerra na Síria e o destino dos refugiados.

Trocas de acusações, silêncio diplomático e tensão nas fronteiras marcam os debates sobre intervenções militares e direitos humanos no Oriente Médio.

A sessão da Liga Árabe no SIEM 2025 foi palco de fortes declarações, constrangimentos diplomáticos e profundas divergências sobre a condução da guerra na Síria e a crise migratória na região. A Arábia Saudita abriu sua participação reafirmando que a presença de forças armadas nas fronteiras sírias é prejudicial, posicionando-se contra intervenções militares diretas. A fala, no entanto, foi desafiada por Omã, que convocou o país ao púlpito para defender sua posição. A delegação saudita aceitou o chamado, mas demonstrou insegurança ao responder, causando uma obstrução da reunião e quase recebendo uma sanção da mesa organizadora.

A República Árabe da Síria respondeu duramente à oposição à intervenção armada, apontando a contradição de países que se colocam contra as forças militares, mas que também não se mostram dispostos a acolher os refugiados gerados pelo próprio conflito. O argumento foi reforçado posteriormente, quando a delegação síria defendeu o uso das forças armadas como resposta à construção de muros e à rejeição de imigrantes por países vizinhos.

A Turquia foi um dos focos de crítica, após revelar a instalação de um muro elétrico em sua fronteira e a criação de campos de detenção para quem tentar atravessá-la — ações que provocaram reação direta de outras nações presentes. O Iraque acusou o Líbano de hipocrisia, por clamar por solidariedade internacional enquanto, segundo eles, negligencia os próprios refugiados. “Não se pode pedir solenidade quando falta humanidade”, declarou a delegação iraquiana. O Líbano optou por não responder.

Apesar do silêncio inicial, o Líbano voltou a se posicionar mais tarde, destacando sua recente redemocratização e afirmando que poderá investir em intervenções armadas se considerar necessário. Em meio às tensões, o Reino do Bahrein adotou um tom moderado, chamando atenção para a desumanização da violência no conflito.

Enquanto isso, o Egito demonstrou apoio aos refugiados sírios, e o Iêmen fez um apelo pela criação de um acordo que garanta a manutenção dos direitos humanos no cenário da guerra. A Turquia, por sua vez, justificou suas medidas de fronteira alegando a necessidade de contenção da violência curda, prometendo manter as políticas atuais.

Com embates intensos e pouca sinalização de consenso, a sessão da Liga Árabe revela o desafio da diplomacia em meio à dor da guerra e às fronteiras da solidariedade.

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COP 30

15/05/2025 11:36

A COP 30, que neste ano tem como eixo principal o combate à fome, se transformou em um verdadeiro campo diplomático de acusações cruzadas. Representantes de diversos países elevaram o tom durante a sessão, evidenciando divergências profundas sobre responsabilidade histórica, econômica e ambiental na crise alimentar global.

O Chile iniciou os ataques ao questionar o uso irresponsável do dólar por parte dos Estados Unidos, acusação reforçada pela França, que classificou os norte-americanos como uma “nação irresponsável” diante da insegurança alimentar. A França, por sua vez, passou a ser alvo direto do Chile, que criticou sua postura “sustentável seletiva” e relembrou o passado colonial francês, acusando o país de ignorar os próprios erros.

O Brasil defendeu a criação de uma moeda mundial e destacou sua relevância no mercado de alimentos, posicionando-se como um agente chave na solução da fome. Já a Rússia voltou seu discurso contra o desperdício de alimentos na França e destacou que a fome é, acima de tudo, um problema político. Em resposta, a França rebateu mencionando o alto nível de desperdício russo e questionou a legitimidade de críticas vindas de um país “com o mesmo presidente há anos”.

A Alemanha tentou mediar os ânimos, convocando os países à união e criticando as taxações estadunidenses que, segundo o país, dificultam a distribuição de alimentos. Cuba também se posicionou com firmeza, denunciando os impactos ambientais causados pelos Estados Unidos, como a contaminação do solo, liberação de gases tóxicos e o incentivo a práticas agrícolas desumanas em nome do lucro.

Enquanto isso, o Reino Unido tentou acalmar os ânimos, reforçando que acusações políticas não resolvem o problema. A China celebrou avanços internos na segurança alimentar e o Japão trouxe propostas focadas em produção local e tecnologias sustentáveis aplicadas em escolas e comunidades.

Na tentativa de trazer soluções, a França propôs uma aliança com a Alemanha baseada em distribuição de recursos e sustentabilidade. Os Estados Unidos, em defesa, alegaram que suas taxações não impactam diretamente a fome, ressaltando as doações significativas já feitas em alimentos e recursos financeiros. No entanto, foram novamente alvos da Alemanha, que classificou as propostas estadunidenses como “tardias e ridículas”.

O debate permanece acalorado, com o Chile reafirmando que as taxações dos Estados Unidos seguem sendo abusivas. Em meio a confrontos e propostas, a urgência do tema exige que os representantes encontrem um terreno comum — antes que a fome continue sendo um campo de batalha político, e não humanitário.

Por Catarina Coelho Nunes

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Assembleia Geral – Ciberespaço

15/05/2025 11:00

Islândia se mostra comprometida com os direitos humanos e preocupada com menores, a exposição de crianças aos conteúdos nocivos pode afetar a dignidade da criança. Propõe, então, dois elementos de regulação: a conscientização pública a respeito dos conteúdos online e políticas de vigilância.

Israel apresenta sua tecnologia avançada de cibersegurança, propõe uma perspectiva liberal em não atacar os usuários democraticamente e buscar missões de combate ao terrorismo e o extremismo online.

Japão relembra suas relações históricas e busca uma regulamentação pacífica e segura na internet mas que sirvam pela liberdade de expressão e a liberdade de todos, controlando as fake news e a desinformação.

A república libanesa, enfatizando seus problemas de infraestrutura e conflitos militares, apresenta sua lei de regulamentação da internet e da informação, propondo uma organização de regulamentação internacional.

Os países defendem e esclarecem suas políticas internas de regulamentação da internet, e confirmam uma harmonia mundial, além de reconhecer os problemas no mundo tecnológico e da informação.
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