SiEM 2016

11/04/2016 19:31

A organização da sexta edição da Simulação de Organizações Internacionais para Alunos do Ensino Médio torna público os temas trabalhados na edição de 2016 do SiEM. Tendo em vista a plataforma transformadora que o projeto representa na realidade dos jovens da rede pública e privada de Florianópolis e região, as temáticas trabalhadas na simulação do dia 31 de maio representam pontos de inflexão e análise, haja vista seu impacto regional mas, sobretudo, mundial.

A tradicional reunião da Assembleia Geral, realizada todos os anos durante o SiEM, trará para debate a temática do Reconhecimento do Saara Ocidental como Estado. O Saara Ocidental é um território costeiro situado no noroeste do continente africano, possuindo fronteiras com o Marrocos, Mauritânia e Argélia. O território é
historicamente habitado pela população saarauí, no entanto, devido a influência da colonização europeia no território, a região passa por um intenso processo de descolonização, marcado por um alto índice de violência e interferência de países da região, que não reconhecem a independência do território. As Nações Unidas atuam ativamente no território, no entanto, a profunda crise causada pela violência do conflito tornam o assunto ainda mais crítico e urgente.

No âmbito de Discussão da Assembleia dos Estados da União Africana, traz-se a discussão da Proteção e Empoderamento das Mulheres na Consolidação dos seus Direitos Básicos. Parte da Ata Constitutiva da União Africana, o tópico da promoção da igualdade de gênero é um objetivo dos seus Estados-Membros. No entanto, é fato constatado em discussões multilaterais que há grandes desafios e obstáculos para alcançar essa expectativa. Assim, a discussão busca trazer o enfrentamento de lideranças dos Estados africanos na busca da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O tradicional comitê do Conselho da União Europeia propõe a discussão urgente acerca da Crise Humanitária e a Questão dos Refugiados. De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em 2010 não mais que 10.000 candidatos a refúgio haviam cruzado o Mediterrâneo em busca de proteção sob o manto da União Europeia. Cinco anos mais tarde, e esses dados passam por um processo de aumento exponencial, atingindo a marca de 972.500 tentativas de translado. Mais de um milhão de refugiados buscam asilo político nos países da União Europeia, o que causa uma profunda crise política que fomenta movimentos conservadores (contrários ao recebimento dos refugiados) e que abre espaço para discussões acerca de direitos básicos e o direito a migração.

Por fim, a quarta discussão proposta nesta edição será feita no âmbito do Comitê Especial de Descolonização da ONU (SPECPOL), e buscará discutir as Disputas Territoriais do Mar do Sul da China. A região do sul do mar da China é geopoliticamente muito relevante para a economia global. Este é considerado pivô das rotas marítimas global e se apresentam de forma bastante complexa, envolvendo diretamente nações asiáticas e ocidentais em disputas de interesses diversos e que podem variar desde uma tentativa de barrar a expansão territorial chinesa e seu fortalecimento geopolítico até a manutenção do status-quo regional.

A edição de 2016 espera receber aproximadamente 800 estudantes de todas escolas públicas e particulares de Florianópolis e região.

As inscrições para o projeto em 2016 já estão encerradas, entretanto, no segundo semestre já iniciaremos os preparativos para o VII SiEM, que será realizado em 2017.

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SiEM 2015

11/03/2015 19:30

A organização da Simulação de Organizações Internacionais para os Alunos do Ensino Médio, torna pública as temáticas discutidas na edição de 2015 do SiEM. Buscando propor a discussão de temáticas relevantes a nível global mas também regional, as temáticas discutidas ao longo do SiEM 2015 buscam não somente discutir temas urgentes, mas que não, sobretudo, não recebem a devida importância no contexto geopolítico global.

A discussão acerca da Anexação da Criméia à Rússia será discutida nos âmbitos do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da Assembleia Geral da ONU. Iniciado a partir de um movimento de contestação popular, a anexação do território da Criméia e Sevastopol à Rússia foi quase imediata diante do referendo popular que (pela maioria dos votos) pedia pela anexação da região, se separando do território ucraniano. No entanto, o processo de anexação não é reconhecido pela Ucrânia, que contesta o tratado, não reconhecendo a independência da Crimeia e Sevastopol e considera a própria anexação como ilegal. Assim, os presentes comitês buscam encontrar uma solução para este enfrentamento geopolítico entre Rússia e Ucrânia.

A Assembleia Geral das Nações Unidas trará para debate o tema do Grupo Estado Islâmico. O Estado Islâmico, ou ISIS (da sigla em inglês) é um grupo islâmico radical formado após a invasão dos Estados Unidos e do Reino Unido ao Iraque em 2003. Com ações extremamente brutais, e que se utilizam de estratégias de terror, o ISIS controla territórios pelo uso da força, e causa mobilizações internacionais, haja vista seu controle de grandes regiões nos Estados do Oriente Médio. Assim, a presente discussão busca analisar quais estratégias globais para conter o avanço da força rebelde pelo Oriente Médio.

O Conselho da União Europeia buscará discutir em sessão especial sobre a Adesão da Turquia à União Europeia. A Turquia fez o seu pedido de adesão à União Europeia em 1987. No entanto, desde 1963 que a Turquia tem tentado desenvolver relações mais estreitas, primeiro com a CEE e depois com a sua sucessora, a União Europeia. No entanto, apenas em Outubro de 2005, foram iniciadas as negociações formais para a plena adesão da Turquia à União Europeia, o que será discutido no âmbito desse comitê para encontrar uma solução viável para a questão

Pela primeira vez, o SiEM propõe uma discussão de um Comitê integralmente latino-americano. O Conselho da UNASUL propõe a discussão acerca das Bases Militares Estadunidenses na Colômbia. A partir da década de 90, a Colômbia passou a ser alvo de políticas de combate às drogas e ao narcotráfico no âmbito da comunidade internacional, visto a crescente problemática do país em relação ao tráfico de drogas. Os Estados Unidos, por serem diretamente afetados pelo problema e buscando desencorajar a produção, tráfico e consumo de drogas passou a administrar as bases colombianas no país, o que gera discussões, haja vista a presença militar dos EUA na região. Alguns líderes de países vizinhos não viram com bons olhos a assinatura do acordo e consideraram o ato uma forma de invasão e observação indevida do território sul-americano pelos EUA. Assim, o presente comitê busca discutir quais medidas serão tomadas diante dessa presença na região.

A edição de 2015 espera receber aproximadamente 700 estudantes de todas escolas públicas e particulares de Florianópolis e região.

As inscrições para o projeto em 2015 já estão encerradas, entretanto, no segundo semestre já iniciaremos os preparativos para o VI SiEM, que será realizado em 2016.

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SiEM 2014

11/04/2014 19:28

A organização da Simulação de Organizações Internacionais para os Alunos do Ensino Médio, torna pública as temáticas discutidas na edição de 2014 do SiEM. Na tentativa de trazer aos secundaristas das escolas públicas e particulares de Florianópolis as principais discussões internacionais, a edição desse ano pretende, a partir das suas reuniões, não apenas trazer a tona temas importantes no contexto geopolítico mundial, mas também entender a importância e o impacto da discussão cultural dentro dos fóruns multilaterais.

Na tradicional Assembleia Geral, o tema a ser discutido é a Crise Institucional do Mali. O país africano chega ao seu estado atual de crise em 2012, após um golpe de Estado que depôs o presidente Touré e a posterior tomada de poder pela Comissão Nacional para a Restauração da Democracia. A instabilidade instaurada, que viu inclusive a suspensão da Constituição de Mali, abriu espaço para as invasões dos rebeldes tuaregue, população separatista que há anos vem entrado em conflito direto com o Governo de Mali.  A situação, que se agrava após a associação da insurgência rebelde com um grupo islâmico e a atuação das tropas francesas no território, é o desafio para os delegados, que vão precisar discutir como estabelecer uma mediação entre rebeldes, Governo e países estrangeiros na tentativa de trazer paz e estabilidade ao território maliense, bem como garantir sua estabilização no pós-conflito.

As Violações de Direitos Humanos na Síria serão discutidas nas reuniões nos âmbitos da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança. A crise no país, que vem crescendo desde 2011, atingiu um número de vítimas assustador em 2013.  Também nesse ano agravou-se a complexidade das atuações estrangeiras em território sírio, com o anúncio de uma possível intervenção militar dos EUA e a contrapartida de um anúncio de assistência incondicional por parte da Rússia. Ao mesmo tempo, as armas químicas também começam a se tornar fonte de grande preocupação, tendo sido usadas em um ataque em agosto de 2013. Assim, cabe aos delegados discutirem os novos desdobramentos desse conflito, envolvendo os recentes fatos acontecidos em 2013, assim como as retaliações por parte do Conselho de Segurança pelo uso de armas químicas e o aprofundamento da crise de refugiados.

No âmbito da União Europeia, o tema da reunião visa debater o Uso do Véu Islâmico. As discussões em torno da vestimenta não apresentam consenso dentre os países participantes dessa organização, sendo que os defensores afirmam fazer parte da construção da identidade das mulheres muçulmanas e os opositores indicam que o véu impede a identificação pessoal e favorece a discriminação contra essas mulheres. O tema, que aborda questões intrinsecamente culturais, também se estrutura em paralelo com fatores importantes como: a expansão do islamismo na Europa, as liberdades individuais, a integração da população muçulmana às sociedades abrangentes e a aceitação da cultura e religião por parte dos europeus. Ainda que a proibição do véu em si seja inadmissível frente as leis de liberdade religiosa da organização, existem brechas jurídicas que podem ser abordadas por aqueles que defendem sua proibição, como impedir todo e qualquer tentativa de cobertura do rosto. Assim, cabe aos delegados integrar conceitos geopolíticos e culturais para encontrar visões enriquecedoras para esse debate.

A edição de 2014 espera receber aproximadamente 600 estudantes de todas escolas públicas e particulares de Florianópolis e região.

As inscrições para o projeto em 2014 já estão encerradas, entretanto, no segundo semestre já iniciaremos os preparativos para o VII SiEM, que será realizado em 2015.

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SiEM 2013

04/04/2013 19:27

A organização da terceira edição da Simulação de Organizações Internacionais para Alunos do Ensino Médio torna público os temas trabalhados na edição de 2013 do SiEM. Na tentativa de expandir e aprofundar os estudos sobre política internacional, o projeto continua trazendo temas de impacto global para as simulações, que serão realizadas no dia 04 de maio. Nesse sentido, esse ano os temas das reuniões abordam desde assuntos puramente conflitivos até discussões sobre reconhecimento, direitos humanos e justiça social.

A tradicional reunião da Assembleia Geral será realizada em dois períodos (manhã e tarde), abordando diferentes temas. Pela manhã, o comitê buscará discutir a Situação da Síria. O país, que em 2011 foi assolado por uma série de protestos contra a família al-Assad, registrou já no mesmo ano número absurdos de mortos e presos. A situação, que além de envolver conflitos ideológicos entre xiitas e sunitas, vem se agravando com o envolvimento de potências internacionais como a Rússia e a China. Dessa forma, a reunião busca discutir as melhores medidas a serem tomadas para a resolução do conflito, assim como questões políticas posteriores, como quem seria responsável por governar o país com a deposição de al-Assad.   

Na reunião da tarde da Assembleia Geral discute-se o Reconhecimento de Taiwan como Estado-membro das Nações Unidas. Taiwan é uma ilha que fica aproximadamente 180 quilômetros da costa sudeste da China. Após a derrubada de Chiang Kai-shek pelas forças comunistas em1949, a situação começava a se desenhar, com o governo chinês, agora comunista, fortalecido e com Chiang sendo obrigado a se retirar para a ilha de Taiwan. Mais tarde, com o apoio dos EUA a Chiang, as regiões tomaram formas mais concretas de uma oposição entre comunismo, na China, e capitalismo, em Taiwan.  Sob um constante medo de uma invasão chinesa e progressivamente perdendo o apoio dos EUA, Chiang instituiu um governo autoritário sob a força de uma Lei Marcial, só derrubada em 1987, com o Partido Progressista Democrático. Essa reunião busca, então, discutir se Taiwan preenche os requisitos para se tornar um estado-membro da ONU e como resolver o empasse da ilha com a China.

  No âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas será discutido o Caso de Sakineh Ashtiani. O caso ficou mundialmente famoso por sentenciar a morte por lapidação (apedrejamento) a iraniana de 45 anos, sob acusações de assassinato e adultério. As controvérsias em torno do julgamento, que envolveram a retirada das acusações de assassinato posteriormente, a confissão por coerção e a barreira linguística entre ré e juiz, levaram os filhos de Sakineh a enviar cartas á organizações internacionais de direitos humanos. Assim, mesmo que a opinião internacional estivesse a favor da acusada, a pena de morte não foi retirada. Sakineh segue presa e no aguardo de uma nova sentença, cabendo a essa reunião, portanto, discutir as implicações das leis penais do Irã, o caráter de justiça de seu julgamento e as ações que devem ser tomados pela comunidade internacional de países.

A edição de 2013 espera receber aproximadamente 400 estudantes de todas escolas públicas e particulares de Florianópolis e região.

As inscrições para o projeto em 2013 já estão encerradas, entretanto, no segundo semestre já iniciaremos os preparativos para o IV SiEM, que será realizado em 2014.

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SiEM 2012

11/03/2012 19:26

A organização da segunda edição da Simulação de Organizações Internacionais para Alunos do Ensino Médio torna público os temas trabalhados na edição de 2012 do SiEM. As simulações, que nesta edição acontecem em dois dias, sendo eles 14 e 15 de abril, continuam a trajetória iniciada pelo I SiEM, ao trazer assuntos de relevâncias para o cenário internacional, visando um aprofundamento maior de temas de conflito, tanto econômico quanto político, assim como temas de identidade e reconhecimento internacional. Além do mais, o II SiEM reforça o compromisso crescente do projeto com temas ambientais, trazendo em uma de suas reuniões a discussão sobre mudanças climáticas.

A Assembleia Geral vai tratar de dois temas esse ano, sendo o primeiro deles o Fim do Embargo á Cuba.  As restrições econômicas impostas pelos Estados Unidos, que já se formulavam desde 1962, se agravaram depois que Cuba perdeu o apoio político e econômico da antiga União Soviética, conduzindo o país a uma situação de certo isolacionismo comercial. Os EUA, que sempre tiverem interesse na região, construíram o discurso para o embargo em cima da garantia de democracia e do anticomunismo. O tema já foi levado diversas vezes ao conhecimento da comunidade internacional e apresenta, além de prejuízos econômicos profundos, acusações de violações do Direito Internacional. Cabe aos delegados, então, discutir como garantir o fim do bloqueio e avaliar as possibilidades de uma reaproximação entre EUA e Cuba e entre Cuba e o resto do mundo.

O outro tema discutido pela Assembleia Geral pretende abordar A Questão Palestino-Israelense. Os desentendimentos entre  os árabes da Palestina e os judeus do futuro Estado de Israel remontam desde o começo do século XX, passando por guerras, invasões a países vizinhos, insurreições e questões de refugiados, até as primeiras negociações bilaterais entre israelitas e palestinos nas reuniões de 1992 e 1993. No entanto, o problema entre os dois povos parece longe de acabar, se agravando atualmente em relação aos refugiados, à Jerusalém e aos assentamentos (tidos como formas de colonização) de Israel na Faixa de Gaza.  Nessa reunião, o desafio dos delegados será se debruçar sobre a questão principal do reconhecimento da Palestino pelos outros países da comunidade internacional.

No âmbito do Conselho de Segurança, o tema é A Intervenção na Líbia. Influenciado pela Primavera Árabe, em 2011, se iniciam na Líbia protestos contra o governo de Kadafi, responsável por diversas violações de direitos humanos durante seu regime, instituído através de um golpe de Estado.  Tempos depois cria-se o Conselho Nacional de Transição, anti-Kadafi, que começa a ser reconhecido como o governo legítimo pela comunidade internacional. Nesse contexto de contestação, se aprofundam os embates entre os grupos de Kadafi e os movimentos de oposição dentro do país, sob a influencia de países como França e EUA, e organizações como a OTAN. Os delegados, nessa reunião, precisam discutir a potencialidade desse conflito como ameaça à manutenção da paz e à segurança internacional.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas tem como objetivo reunir líderes mundiais para discutir a pauta das Mudanças Climáticas, em especial o aquecimento global. O debate, que gira em torno de pautas como a emissão de carbono por países industrializados e a tentativa de redução de emissões por países em desenvolvimento, se estrutura em cinco eixos principais, sendo eles visão compartilhada, mitigação, adaptação, transferência de tecnologia e apoio financeiro. Através de debates, os delegados precisam chegar a consensos em relação às melhores maneiras de se atingir os objetivos climáticos da COP, ao mesmo tempo que mitigar o conflito entre industrialização e sustentabilidade.

A edição de 2012 espera receber aproximadamente 300 estudantes de todas escolas públicas e particulares de Florianópolis e região.

As inscrições para o projeto em 2012 já estão encerradas, entretanto, no segundo semestre já iniciaremos os preparativos para o III SiEM, que será realizado em 2013.

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SiEM 2011

15/02/2011 19:25

A organização da primeira edição da Simulação de Organizações Internacionais para Alunos do Ensino Médio torna público os temas trabalhados na edição de 2011 do SiEM. O projeto, que será realizado dia 30 de abril no Centro de Eventos da UFSC, busca trazer os alunos das escolas de ensino médio para perto da academia, desenvolvendo nesses estudantes uma consciência maior sobre questões internacionais, uma melhor capacidade em resolução de conflitos através da cooperação, uma melhor formação civil e social, além de uma melhora em capacidades práticas como a oratória e o contato com um grande público. Através desses objetivos, a primeira edição objetivou abordar temas de caráter conflitivo, social e ambiental, buscando a pluralidade de assuntos dentro do cenário internacional

Na Assembleia Geral, espaço de discussão mais tradicional dentro das organizações internacionais, o tema a ser discutido são As Sanções do Irã decorrentes do Programa Nuclear. A discussão sobre armas nucleares, que vem se aprofundando desde o fim da Segunda Guerra, encontra no Irã a exemplificação de uma preocupação coletiva dos países sobre a posse de armamentos nucleares. O Irã, país de maioria islâmica, registra em sua história política uma série de golpes, revoluções e governo ditatoriais, além de um embate instável com os EUA, concretizado principalmente na Revolução Iraniana e em Saddam Hussein. Assim, além da visão de uma instabilidade política, o Irã também coloca em cheque o Tratado de Não-Proliferação, responsável por fazer a manutenção da posse de armas nucleares entre os países. Cabe aos delegados, analisando também a relação do Irã com países ocidentais como os EUA, trabalhar as delicadezas e complexidades dessa discussão.

 

No âmbito da Organização de Estados Americanos, o tema é a Guerra das MalvinasO território, que foi inicialmente disputado pela Espanha e pela Inglaterra durante o século XIX, foi de posse inglesa até uma revolução que explodiu em Buenos Aires, sendo posteriormente reivindicado pela Argentina. Anos depois a Inglaterra anunciou a retomada de posse do território, dando início ao conflito conhecido como Guerra das Malvinas. O conflito, que de desenvolveu através de várias invasões, batalhas e tentativas falhas de negociação, se encontra em um estado diplomático após a derrota argentina. No entanto, a eterna divergência sobre o território malvino ainda se mantêm latente, principalmente agora que os ingleses estão investindo em exploração de petróleo em águas próximas ás Malvinas. Assim, nesse tema mais conflitivo, os delegados devem se posicionar na tentativa de garantir uma paz efetiva entre essas duas nações.

Dentro do tema dos direitos humanos, na reunião do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, o tema é o Tráfico de Pessoas. Na última década, mesmo com esforços importantes como a Convenção para Supressão do Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de Outrem e a Convenção contra o Crime Organizado Transnacional, registrou-se um aumento nos casos incidentes de tráficos de pessoas. O problema, que data o século XIX e se inter-relaciona com prostituição forçada e escravidão, é uma grande pauta dos direitos humanos contemporâneos. Nessa reunião, cabe aos delegados associar a discussão da problemática com sugestões de resoluções práticas, associando as diretrizes da ONU com as legalidade internas dos países, além do esforço coletivo da comunidade internacional.

Reforçando a importância da pauta nuclear para a comunidade internacional, no comitê específico da Agência Internacional de Energia Atômica, vão ser discutidas as Salvaguardas ao Irã de maneira mais prática. Isso acontece pois a AIEA, organização idealizada pelos vencedores da Segunda Guerra em 1956, solidificou seu papel de importância no controle da utilização pacífica das armas nucleares com o Tratado de Não-Proliferação e seu protocolo adicional, que permitiu a agência fazer vistorias de instalações de, por exemplo, reatores parados. O importante de se observar é que o Irã não internalizou a lei que permite vistorias de instalações e segue afirmando seu compromisso com uma produção nuclear pacífica e para fins não-militares, mesmo com as acusações de outros países ocidentais. Nessa reunião os delegados, em caráter mais prático, devem levantar argumentos pertinentes sobre a relação do Irã com a produção de armamentos nucleares e com o TNP.

O tema a ser discutido no bloco da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) é o Combate ao Terrorismo. É possível afirmar que todos os membros da APEC já sofreram com algum tipo de terrorismo, sendo os EUA o exemplo mais emblemático pelos eventos do 9/11. No entanto, outros exemplos como a Indonésia, Austrália, Tailândia, Papua Nova Guiné e a grande maioria dos países do sudeste asiático também se incluem nesse grupo, sendo atingidos pelo terrorismo através de grupos como o Abu Sayyaf e o Hezbollah ou por diferentes tipos de movimentos regionalistas e separatistas. Nessa reunião, o esforço conjunto dos delegados diz respeito a condensar essas diferentes frentes do terrorismo em uma resposta de segurança conjunta desses países, focando em resoluções concretas eficientes.

 Abordando o problema por outra frente, na reunião clássica do Conselho de Segurança também se discute a Imposição de Sanções ao Irã. A história a respeito das produção de armas nucleares e a dificuldade de negociação com o Irã se mantêm. Nessa reunião, cabe aos delegados continuar a destrinchar o tema, porém a partir de outra ótica e de outra dinâmica. No Conselho de Segurança, as decisões passam agora por um menor número de países (15, sendo 5 permanentes e 10 não-permanentes) e tem uma dinâmica de votação que permite veto. Assim, o relacionamento entre os delegados nesse âmbito exige um maior cuidado, sendo responsáveis por produzir resoluções com caráter vinculativo para todos os países participantes da ONU.

A pauta ambiental vai ser discutida na Organização Mundial da Saúde e diz respeito á Doenças Relacionadas á Mudanças Climáticas. Nessa reunião, a intensão é levantar a discussão sobre como requisitos fundamentais para a saúde como ar limpo e água potável podem ser afetados diretamente pelas mudanças climáticas. A conversa ambiental na OMS talvez seja a reunião que mais exija dos países um esforço conjunto em formular resoluções coletivas e que pedem por colaboração global. Aqui, é importante ressaltar documentos já formulados dentro dessa questão como o Protocolo de Kyoto e a Agenda 21.

Na reunião da União Europeia, os delegados vão discutir a Posição da União Europeia sobre Israel/Palestina. O conflito político entre Israel e Palestina, que remonta tempos antigos, envolve disputas territoriais e dissidências entre as crenças judaica e árabe. A situação, que é de interesse global, tem gerado mais discussões no âmbito da União Europeia devido à acontecimentos como a construção de assentamentos, ofensivas a região de Gaza e ataques à militantes palestinos por parte de Israel. Assim, o bloco visa fornecer ajuda, principalmente financeira, na tentativa de resolver o problema. No entanto, essa ajuda não tem sido efetiva. A questão a ser levantada pelos delegados nessa reunião, dessa forma, passa por questionar qual precisa ser a política externa desses países para o conflito entre Israel e Palestina, como essa política externa se dará e quem é capaz de fornecer auxílio financeiro para essa empreitada.

Pirataria na Somália é o tema abordado na reunião da União Africana. Devido ao caráter de formação, unindo um território colonizado por França, Itália e Inglaterra, esse país africano sempre foi propenso à disputas étnicas que levaram a uma instabilidade política severa. Desse contexto surge o problema da pirataria, inicialmente surgindo como resposta a incapacidade do Estado da Somália de prover bens básicos a sua população. Assim, o problema contemporâneo da pirataria surge em resposta a esse governo fraco, gerando consequências como o sequestro de navios em águas internacionais e uma associação crescente da pirataria com o terrorismo. A questão da pirataria na Somália é, portanto, um assunto que acaba refletindo em diversas parcerias e transações comerciais marítimas, expondo também a existência frágil do governo e da população somali.

A edição de 2011 espera receber aproximadamente 150 estudantes de todas escolas públicas e particulares de Florianópolis e região.

As inscrições para o projeto em 2011 já estão encerradas, entretanto, no segundo semestre já iniciaremos os preparativos para o II SiEM, que será realizado em 2012.

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